Os animais da fauna brasileira em situação ilegal apreendidos pelos órgãos ambientais, passam por avaliações físicas e comportamentais criteriosas que incluem a identificação, triagem e pesagem. Alguns deles se encontram aptos para retornarem à natureza e podem ser soltos em suas áreas de ocorrência ou procedência da espécie, muito embora, o ambiente natural esteja cada vez mais reduzido pelo avanço da urbanização, pelo uso da terra e dos recursos naturais. Além disso, diversos aspectos devem ser considerados para a viabilização da reintrodução, como, por exemplo, potenciais impactos ecológicos, risco de disseminação de doenças, dentre outros. Por conter vegetação nativa preservada, o Instituto Anami é um dos locais onde instituições ambientais realizam a soltura de várias espécies da nossa fauna.
Já aqueles vítimas do tráfico – como muitos primatas e aves – que passaram longos períodos de suas vidas em cativeiro, na maioria das vezes em condições precárias, carregam sequelas físicas e mentais que os impossibilitam de retornarem à natureza, uma vez que carecem de habilidades físicas e cognitivas para buscarem alimento, fugirem de predadores ou ainda, se integrarem aos grupos de vida livre. Estes animais são destinados a instituições como o Anami, onde têm a oportunidade de conviver com outros indivíduos da mesma espécie, além de fazer parte de projetos de conservação da fauna.
Para espécies da fauna exótica, ou seja, que se encontram fora de sua área de distribuição natural, como é o caso dos grandes primatas, a reintrodução em território nacional além de proibida por lei, é inviável ecologicamente.