São primatas de grande porte, que medem entre 75 cm e 95 cm e podem chegar a pesar até 65kg. Apresentam hábitos diurnos, terrestres e arborícolas. A locomoção é quadrupedal, ou seja, utilizam os pés e as mãos simultaneamente, porém, ocasionalmente, podem se movimentar de forma bípede. Possuem muita força física devido a sua anatomia muscular, cerebral e ao estilo de vida semi-arborícola. Alimentam-se basicamente de uma dieta frugívora, embora sejam onívoros e consumam folhas, flores, sementes e insetos – como formigas, cupins e larvas. Esporadicamente se alimentam  caçando coletivamente outros mamíferos de pequeno porte, incluindo espécies de macacos, como o Colobus (Colobus badius ssp. tholloni). A expectativa de vida em cativeiro é em média 50 anos, embora existam relatos de chimpanzés de mais de 60 anos. Já em vida livre, a expectativa pode ser igual ou mesmo menor.

Vivem em grupos que variam de cinco até mais de cem indivíduos, com hierarquia definida – possuindo um ou dois machos dominantes. Essa hierarquia é instável, podendo sofrer alterações, inclusive, com a formação de coalizões entre outros machos. As fêmeas, em geral, são submissas aos machos.

Os chimpanzés experimentam emoções como alegria, tristeza, raiva, prazer, tédio e depressão. Eles se destacam por suas habilidades cognitivas e raciocínio lógico frente a desafios. São capazes de reconhecer a própria imagem no espelho e de aprender certos tipos de linguagens, como a dos sinais. Apresentam diferentes culturas de acordo com a região em que vivem e as transmitem de uma geração para outra. O uso de gravetos para extrair cupins de cupinzeiros e de pedras para quebrarem sementes e frutos duros são alguns dos ensinamentos compartilhados.

A utilização destes primatas como animais de companhia, artistas do entretenimento ou mesmo como cobaias em laboratórios de pesquisa ainda é recorrente e provoca as mais diversas e graves consequências no desenvolvimento natural dos indivíduos.