Uma história de
O Instituto Conservacionista Anami foi idealizado em 2007 pelo casal de imigrantes tchecos, Milan e Anita Starostik (foto) mas a luta pelos grandes primatas iniciou-se ainda na década de 80.
Neste período, o casal visitou alguns circos e deparou-se com diversas situações de maus tratos. Segundo relato dos fundadores, os animais viviam em péssimas condições de higiene e desnutridos. Eram mantidos acorrentados, em jaulas inapropriadas, muito pequenas e sujas, sofriam torturas e deixavam de ser alimentados para executarem os espetáculos.
Na época, quase não se ouvia falar a respeito da questão de bem-estar animal. Mas, para Milan e Anita, aquelas visitas foram impactantes e decisivas para que iniciassem a luta em defesa dos grandes primatas.
Frente a crescente exploração comercial, o casal intensificou seus trabalhos, dedicando-se para garantir o bem-estar desses primatas. Conduziram uma árdua batalha juntamente com o Projeto GAP Brasil (Great Ape Project) para impedir a exploração de animais em circos e espetáculos. O resultado foi a implementação de leis estaduais – nos estados de Goiás, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo – que vetavam a utilização de qualquer animal em circos e espetáculos.
A partir daí, iniciaram o processo de resgate, a fim de proporcionar aos chimpanzés uma vida digna, livre de dor, sofrimento e medo. Já em 2007, o casal funda o Instituto Conservacionista Anami, uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, que se dedica continuamente a fornecer cuidados diários aos grandes primatas vítimas de maus tratos, aposentados da indústria do entretenimento e do comércio ilegal. Além dos 24 chimpanzés e da Orangotango Katai, também acolhe outras espécies da fauna nativa e exótica, provenientes das mesmas situações.
A primeira imagem representam o chimpanzé Caíque, antes de sua vida no Instituto e a última, sua situação atual.