Os bugios ruivos (Alouatta guariba) ocorrem predominantemente na região de mata atlântica, compreendida entre a faixa dos estados do Espirito Santo (ES) e Rio Grande do Sul (RS). Ocupam as copas das árvores e sua dieta é predominantemente folívora-frugívora, atuando como um importante dispersor de sementes. Podem chegar a medir até 75cm de comprimento.
Uma das características da espécie é a vulnerabilidade ao vírus da febre amarela, motivo que levou ao declínio da população, não somente por serem vítimas da doença, como também da violência humana. A fragmentação de seu habitat natural é outro fator responsável pelo status de vulnerável (VU) no estado do Paraná.
Primata de porte médio, pode chegar a medir 72 cm
Altamente sensível ao vírus da febre amarela
Ao contrário do que muitos pensam, o transmissor da febre amarela não é o Bugio ou qualquer outro primata, e sim, o mosquito Aedes aegypt. Eles também são vítimas da doença.
A ação humana, por violência ou envenenamento, além de ser crime ambiental, prejudica o controle da doença, uma vez que esta espécie é considerada sentinela da ocorrência do vírus em determinada região. Ou seja, o óbito de macacos em determinada área é indício da circulação do vírus em regiões de matas e florestas, tornando-se um aviso para as autoridades de saúde adotarem medidas de prevenção, com a vacinação dos moradores das imediações.
O resgate
O bugio que vive atualmente no Instituto chegou após ser resgatado pelo IAP e recebeu os primeiros cuidados veterinários na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Com indícios de lesão neurológica, possivelmente provocada por um trauma craniano por agressão, seu prognóstico era reservado. Por conta disso, ele apresentava dificuldades para se locomover e, por vezes, se desequilibrava. Gradativamente, apresentou melhora significativa do seu quadro clínico e, com uma alimentação adequada e enriquecimentos, foi aos poucos foi se recuperando.
Atualmente, é comum ouvi-lo vocalizando quando recebe os alimentos dos quais mais gosta e vê-lo tomando sol pelas manhãs.
Galeria de fotos
algumas imagens do dia-a-dia dessa espécie